República de Moçambique
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samora vivePara imortalizar a figura de Samora Machel é preciso calar as armas de uma vez para sempre em todo o país, segundo apelou a Graça Machel, no dia 19 de Outubro, durante as cerimónias de celebração da passagem dos trinta anos da morte do fundador e primeiro Chefe de Estado moçambicano independente.
Durante as cerimónias centrais da celebração do 19 de Outubro, que neste ano realizaram-se sob o lema trinta anos de Mbuzni celembrando a vida e obra de Samora Machel, Graça Machel solidarizou-se com os familiares das vítimas da Tragédia de Mbuzini.

˝Os nossos filhos cresceram sem conhecer os pais, os nossos netos não sabem o que é o colo dos seus avôs. A família moçambicana deve abraçar-se para que não seja a voz das armas a uní-la. Para tal deve prevalecer o diálogo, sempre o diálogo˝, exortou Graça Machel.

˝Em nome de todas viúvas, órfãos, mães, irmãos, namoradas e namorados que sofreram a grande perda da Tragédia de Mbuzini, apelamos o calar das armadas de uma vez para sempre. Esta é a melhor forma de imortalizar Samora Machel e materializar o slogan ˝Samora vive em cada um dos moçambicanos˝.
Para dar oportunidade às gerações mais jovens que não viveram aquele momento, a viúva de Samora Machel pediu aos órgãos de comunicação social que destacassem a obra e vida de cada uma das vítimas do acidente aéreo de Mbuzini.

˝Aos órgãos de comunicação social peço para dar um pouco mais do vosso tempo à vida e obra aos mártires de Mbuzini, dando a cara e voz, o nome e as funções que cada um desempenhava até à data da sua morte``, apelou Graça Machel, ressalvando o respeito para com a política editorial de cada órgão de informação.

A seguir, a Viúva de Machel elogiu o facto de ter-se respeitado igualdade de todos daqueles que tombaram em Mbuzini ao construir um monumento, onde cada um dos 35 pilares em representação ao igual número de vítimas, é exactamente igual a um do outro. Segundo ela, isso significa que ˝a nossa dor é igual para todos nós˝, reconheceu.

Para Graça Machel, com o lancamento do movimento das celebrações de 19 de Outubro, a 25 de Junho: ˝Samora voltou e ele vive em cada um dos moçambicanos. A sua voz, sua imagem são ouvidas e vistas nos locais de trabalho, residências, nas viagens pelos transportes, em indivíduos jovens e velhos, do sul ao norte, do Índico ao Zumbo, em toda sociedade˝, disse Graça Machel.

Segundo constatou Graça Machel, todos os extractos da sociedade, religiões, partidos políticos e todos sectores de trabalho juntaram-se para celebrar a passagem dos trintas anos da morte Samora.

Contudo, este momento que não seja apenas uma celebração, mas também um compromisso para cada um dos moçambicanos dizer não tribalismo, nepotismo, corrupção.